Bom, pondo de lado a surpresa e a alegria pela visita, queria aqui também deixar um recadinho pra todos!!! É que, na verdade, isso não deveria acontecer! Esses pinguins que aportam aqui pela ilha (fala sério.. até eles querem vir pra Floripa!), em sua maioria, estão machucados, com óleo pelo corpo, e nitidamente desorientados! Estão virando vítimas dos muitos inconsequentes que poluem o meio ambiente. Definitivamente, lugar de pinguim não é aqui!
Importante ressaltar que, em novembro, caminhando pela Praia da Barra, em uma só tarde, encontrei 16 pinguins mortos! Um deles estava com uma anilha do Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha, uma ONG sem fins lucrativos voltada à preservação dos mares. Na época, a presidente Paula Baldassin, em resposta a meu e-mail, me informou que cerca de 10 dias antes esses pinguins haviam sido soltos numa praia de São Paulo. Infelizmente, a notícia que eles receberam não foi das melhores.. mas a luta continua!
Aqui em Santa Catarina, a Polícia Militar Ambiental (PMA) registra uma média anual de 250 ocorrências com pingüins. A maioria das aves é recolhida com um quadro de desnutrição e anemia, provocado pelo fungo Aspergillus. Os pingüins-de-magalhães, como são chamados, ainda são encontrados com o corpo coberto de óleo, causando a hipotermia. A vontade de salvá-los é quase sempre a reação típica das pessoas que os encontram na praia, mas nem sempre o que é feito contribui para a sua recuperação. Segundo orientações da PMA, divulgadas no site da entidade, se o cidadão quiser ajudar, basta colocá-lo numa caixa de papelão e acionar a Polícia Ambiental, através do telefone 190. Às vezes, o local da ocorrência é distante de um pelotão da polícia ambiental, por isso aí vão algumas orientações (da própria PMA): para remover o óleo e o pinche até a chegada dos policiais, basta esfregar óleo de cozinha, por cinco minutos, para dissolver o óleo impregnado no animal. Depois, com detergente líquido e em água corrente é só remover a gordura dissolvida. Este procedimento de limpeza deve ser feito apenas por adultos e, preferencialmente, no período da tarde. Manter o animal em caixas de isopor com gelo é um procedimento comum, porém equivocado.
Os pingüins recolhidos pela Polícia Ambiental são tratados, identificados com anilhas e devolvidos ao mar nas imediações da Ilha do Xavier, próximo a Florianópolis, por onde passa a corrente de águas frias que os trouxe.
>>>> Saiba mais:
A Corrente das Falklands é “a estrada” que os pingüins-de-magalhães usam em sua rota migratória. A maior incidência de pingüins ocorre nos estados do Sul do Brasil, mas há registros de pingüins encontrados no litoral do Rio de Janeiro e da Bahia. Em agosto de 1999 um pingüim de magalhães foi encontrado na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco. É o local mais distante que se tem notícia do aparecimento da ave no litoral brasileiro. Ao todo, existem 18 espécies diferentes de pinguins - oito delas na América do Sul. Os pesquisadores cogitam ser uma seleção natural da espécie o fenômeno da ocorrência dos pingüins no litoral brasileiro. Ainda não há uma explicação científica conclusiva.
>>>> Pra guardar:
http://www.ibama.gov.br/ (O Ibama mantém uma Linha Verde 0800-61-8080. A ligação é gratuita de qualquer ponto do país)
http://www.pm.sc.gov.br/ (telefone 190)
Essa visita do pinguim foi ótima!
ResponderExcluirSe você não se incomodar, gostaria de postar alguma coisa sobre isso no meu blog. Claro que, ao meu estilo, enfeitando um pouco a história.
(rsrsrsrsrsrs)
[]´s